segunda-feira, 22 de junho de 2009

Luta Indígena no Peru e o crescimento do Sendero Luminoso
















Nas últimas semanas a amazônia peruana vem sendo manchada de sangue indígena . O governo Alan Garcia com uma política de terror massacra as nações indigenas peruanas que não aceitam as novas leis de terra que visam expulsar os indios de seus territórios para a extração de petróleo e a exploração mineral e florestal por empresas norte americanas e pela elite peruana. Vemos se repetir a espoliação e o genocidio indígena liderados por Pizarro e outros conquistadores espanhóis no vice reino do Peru nos séculos 16 e 17. Hoje para alinhar a economia peruana ao tratado de livre comércio com os EUA, os direitos indígenas são desrespeitados , e em nome da resistência muitos são mortos. Por outro lado, segundo fontes do próprio exército peruano, constata-se o crescimento do movimento Sendero Luminoso, organização revolucionária baseada no maoísmo, que foi quase que aniquilada durante o governo neo-liberal de Fujimori. Com forte base em terras indígenas , durante duas décadas o Sendero luminoso representava a luta legítima dos indios e do povo contra a oligarquia peruana e até mesmo chegou a ameaçar o poder capitalista com suas ações de resistência. Após a desorganização do Sendero com a prisão de seus principais líderes, entre eles Abimael Gusman, a população indígena sentiu com maior força a ofensiva de direita dos governo Fujimori e hoje de Alan Garcia.
Todo o apoio a causa indígena do Peru e de outras nações indigenas da américa latina, assim como os zapatistas de Chiapas, os indios peruanos mostram sua capacidade de resistência, resistência esta que marca os últimos quinhetos anos de luta dos povos latino-americanos.


sábado, 20 de junho de 2009

Luta e Resistência na USP


A Polícia Militar, pela primeira vez em trinta anos, entrou na Cidade Universitária (Campus Central da USP) para atacar estudantes, professores e funcionários numa tarde de sangue, bombas e tiros.
No início de Maio, os funcionários, primeiros a sentir os efeitos da crise capitalista, entraram em greve. Um corte de 5.200 trabalhadores foi anunciado.
O companheiro Claudionor Brandão (dirigente sindical do Sindicato dos Trabalhadores da USP - SINTUSP) foi demitido por organizar um piquete junto com os trabalhadores terceirizados. A promessa de um reajuste salarial não cumprido havia colocado os trabalhadores em luta com uma forte greve.
O governo Serra mostra sua truculência contra os trabalhadores e estudantes, que lutam por uma Universidade Pública para todos e de qualidade.

15 Anos de Resistência Zapatista




Há 15 anos, para ser mais exato, no dia 01 de janeiro de 1994 o Mundo acompanha de maneira atônita um movimento de homens e mulheres com seus rostos cobertos e armas nas mãos , que se levantam contra as injustiças e aos 500 anos de agressão aos povos indígenas do sul do México. Esse movimento organizado e denominado de EZLN ( Exército Zapatista de Libertação Nacional) foi uma resposta as investidas de latifundiários que não respeitaram os direitos dos indígenas à terra, direito garantido durante o processo da Revolução Mexicana liderada por Zapata e Villa. O zapatismo surge como expressão de décadas de resistência dos povos indígenas ao Governo central , representado pelo PRI, e do sangue derramado de centenas de lutadores que tombaram em combate. A primeira fase do levante foi marcado pela tomada de diversas municipalidades na região De chiapas, isto causou uma forte reação por parte do governo Salinas que destacou parte do exército nacional para sufocar as forças rebeldes. Mas o movimento ganhou eco na soc iedade civil mexicana e do mundo e os apelos pelo fim da repressão do governo mexicano fazem com que o mesmo recue e redefina sua estratégia. Já o EZNL lança a 1ª Declaração da Selva Lacandona, estabelecendo um diálogo com a sociedade civil mexicana e mostrando que na verdade aquela luta deveria ser do povo mexicano. São declarados, também a instituição dos municípios autônomos em rebeldia baseados na propriedade coletiva da terra e das decisões tomadas por assembéias comunitárias. Nos anos seguintes outras declarações da Selva Lacandona foram feitas e hoje já somam seis, e a partir de 2004 se iniciou a “outra campanha” liderada por Sub Comante Marcos, que tem a tarefa de viajar por todo o México para acumular e agregar forças de esquerda para construir uma grande frente anticapitalista e contra o neo-liberalismo. Diante dessa longa marcha que se apresenta os rebeldes zapatista não podem ser deixar abater, e todos aqueles que ainda acreditam em uma sociedade mais justa, baseada na igualdade na liberdade e na emancipação humana tem que defender incondicionalmente a luta do EZLN